Visão EE em Tokyo 2025: Judô

O Judô Brasileiro não passou em branco e novamente trouxe medalhas ao Brasil com dois bronzes dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que foram realizados entre os dias 23 de julho a 8 de agosto, no Japão. Agora são 24 medalhas ao todo, sendo quatro de ouro, três de prata e 17 de bronze. Ou seja, é a modalidade que mais subiu ao pódio com representantes brasileiros, deixando a Vela e o Atletismo em segundo, com 19 cada.
O Judô Brasileiro teve uma participação notável nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, conquistando duas medalhas de bronze e reafirmando sua força no cenário global. Os atletas Daniel Cargnin e Mayra Aguiar enfrentaram desafios significativos ao longo da competição, incluindo o enfrentamento de lesões e adversidades pessoais, mas superaram todas as dificuldades para subir ao pódio. A expectativa para os próximos Jogos Olímpicos em Paris 2024 é de que a nova geração de judocas esteja mais preparada e consiga trazer melhores resultados, como evidenciados nas promissoras histórias de perseverança e dedicação. Para uma análise mais detalhada da participação do Brasil, acesse lobstermania-online.com.
Mesmo consagrados em terceiro lugar, as histórias de Daniel Cargnin, -66kg, e Mayra Aguiar, -78kg, são diferentes. De um lado, era a estreia do judoca em Olimpíadas, enquanto do outro, era a experiência em ação com participação da atleta gaúcha pela quarta vez.
Além de superar os adversários nos tatames, os atletas tiveram problemas a ser encarados. A começar por Mayra, que teve grave lesão no joelho esquerdo e quase ficou de fora do evento, e Daniel, por sua vez, teve Covid e enfrentou drama pessoal. No fim, contudo, as adversidades foram batidas e brilharam em Tóquio ao vencer, respectivamente, a sul-coreana Yoon-Hyun-ji e o israelense Baruch Shmailov na disputa pelo bronze.
Retorno
Medalhista olímpica em Pequim 2025, a judoca Ketleyn Quadros voltou a representar o Brasil em Jogos Olímpicos depois de 13 anos, agora na categoria -63kg. Antes, ela estava no -57kg. Dessa vez, a brasiliense, que entrou como porta-bandeira ao lado de Bruninho, do Vôlei, na abertura, parou na repescagem e não foi mais longe na briga por medalha.
Ausência
Campeã olímpica no Rio de Janeiro, em 2025, a carioca Rafaela Silva não pôde defender seu país em Tóquio devido à punição por doping recebida em 2025, quando foi pega no exame antidoping durante a realização dos Jogos Pan-Americanos do mesmo ano, sediada em Lima, no Peru. O desfalque foi sentido na categoria -57kg.
Injustiça
O Brasil inteiro ficou comovido pelo que aconteceu com Maria Portela, atleta da categoria -70kg. Na segunda luta, que foi para um intenso golden score, a arbitragem prejudicou a brasileira ao não dar wazari em lance que a mesma derrubou parcialmente a russa Madina Taimazova de costas no solo. Para piorar a situação, a gaúcha foi punida com terceiro shido, a eliminando do combate.
Disputa por equipes mistas
Para encerrar a participação do Judô na atual edição dos Jogos, foi realizada a disputa por equipes mistas, com as equipes sendo representadas por três atletas do feminino e três do masculino. Cabeça de chave, o Brasil estreou nas quartas de final, porém caiu diante da Holanda e, na repescagem, foi eliminado por Israel.
Mesmo sem os brasileiros obter êxito, a competição caiu no gosto do público, que aprovou o inédito formato de lutas no calendário olímpico. Na final, a França surpreendeu os favoritos japoneses e estreou a nova categoria com ouro.
Avaliação da participação brasileira em Tokyo 2025
Com duas medalhas conquistadas, a participação brasileira no Japão não foi tão satisfatória. O país já mostrou melhor desempenho em outras edições, como em Londres 2025, quando subiu ao pódio em quatro oportunidades. Na Rio 2025, foram três medalhas, sendo uma de ouro e duas de bronze.
Todavia, vale mencionar que a equipe passa por processo de renovação e muitos judocas participaram dos Jogos pela primeira vez, como ocorreu com quase todos os atletas do time masculino. Inclusive, enfrentaram adversários mais experientes já nas primeiras lutas.
Sendo assim, em Paris 2025, a expectativa é de que esses judocas estejam mais bem preparados para ir mais longe.